Montante total de empréstimos à habitação baixou para 99,3 mil milhões de euros, em julho, menos 0,1 mil milhões do que no mês anterior. Amortizações e queda na procura explicam a redução.
O valor total que os bancos portugueses têm concedido em crédito à habitação baixou em julho pela primeira vez desde outubro de 2018, segundo dados do Banco de Portugal divulgados esta segunda-feira. As amortizações antecipadas de crédito, numa altura em que muitos portugueses receberam os subsídios de férias, ajudam a explicar esta evolução – a par da redução da procura por novos créditos.
Segundo o Banco de Portugal, “no final de julho de 2023, o montante total de empréstimos para habitação era de 99,3 mil milhões de euros, menos 0,1 mil milhões de euros do que em junho”. “Relativamente a julho de 2022, os empréstimos com esta finalidade decresceram 0,1%. Desde outubro de 2018 que não se observava uma taxa de variação anual negativa para o crédito à habitação”, indica o supervisor financeiro.
Esta evolução reflete o aumento das amortizações antecipadas e o abrandamento na procura de crédito à habitação”, afirma o Banco de Portugal.
Já os empréstimos ao consumo (ou créditos pessoais) atingiram, no final de julho, 20,9 mil milhões de euros, igual a junho. “Em termos anuais, este valor traduz um crescimento de 4,0% em relação a julho de 2022 (3,8% em junho)”, acrescenta o supervisor.
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E o montante de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas ascendeu a 73,7 mil milhões de euros, no final de julho de 2023, menos 0,4 mil milhões de euros do que em junho. “Relativamente a julho de 2022, o montante destes empréstimos decresceu 2,6%, evolução semelhante à observada em junho (-2,7%)”, afirma o Banco de Portugal.
Depósitos aumentam face ao mês anterior, mas caem 3,4% em relação a julho de 2022
No que diz respeito aos depósitos, no final de julho de 2023 o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes totalizava 176,2 mil milhões de euros, mais 1,3 mil milhões de euros do que em junho.
À semelhança do mês anterior, foram os depósitos com prazo acordado que contribuíram mais para esta evolução, apresentando, em julho, um aumento de 1,0 mil milhões de euros, enquanto os depósitos à ordem aumentaram apenas 0,3 mil milhões de euros. Os depósitos de particulares já tinham aumentado no mês anterior, após reduções mensais nos primeiros cinco meses do corrente ano”, diz o Banco de Portugal.
Apesar desta evolução positiva, os depósitos de particulares nos bancos residentes decresceram 3,4% em relação a julho de 2022, acrescenta o supervisor financeiro.